
Konstantiínos Kaváfis (Alexandria, 29/4/1863-29/4/1933)
O nome do poeta no alfabeto grego: Κωνσταντίνος Πέτρου Καβάφης,
MAR DA MANHÃ
Hei de deter-me aqui. Também eu contemplarei um pouco a natureza.
Do mar da manhã e do céu inube
azuis brilhantes, e margem amarela; tudo
belo e grandiosamente iluminado.
Hei de deter-me aqui. E me enganar que os vejo
(em verdade os vi por um momento ao deter-me)
e não também aqui minhas fantasias,
minhas recordações, as imagens do prazer.
[51, 1915]
ΘΑΛΑΣΣΑ ΤΟΥ ΠΡΩΙΟΥ
Εδώ ας σταθώ. Κι ας δω κ’ εγώ την φύσι λίγο.
Θάλασσας του πρωιού κι ανέφελου ουρανού
λαμπρά μαβιά, και κίτρινη όχθη· όλα
ωραία και μεγάλα φωτισμένα.
Εδώ ας σταθώ. Κι ας γελασθώ πως βλέπω αυτά
(τα είδ’ αλήθεια μια στιγμή σαν πρωτοστάθηκα)·
κι όχι κ’ εδώ τες φαντασίες μου,
τες αναμνήσεις μου, τα ινδάλματα της ηδονής.
[51, 1915]
Organização: R. M. Sulis, Tradução: R. M. Sulis, M. P. V. Jolkesky, A. T. Nicolacópulos
http://cavafis.i8.com/a051.htm
4 comentários:
Poema de Rómulo de Carvalho
Suspensão Coloidal
Penso no ser poeta,e andar disperso
na voz de quem a não tem;
no pouco que há de mim em cada verso,
no muito de tudo e de ninguém.
Anda o cego a tocar "La Violetera",
e eu a vê-lo, e a cegar;
e a pobre mulher esfregando e pondo a cera
e eu a vê-la, e a esfregar.
Que riso perto, que aflição distante,
que ínfima débil, breve coisa nada,
iça, ao fundo, esta draga carburante,
rasga, revolve e asfalta a subterrânea estrada?
Postulados e leis e lemas e teoremas,
tudo o que afirma e jura e diz que sim,
teorias, doutrinas e sistemas,
tudo se escapa ao autor dos meus poemas.
A ele e a mim.
Obrigada Rita
Lembre-se que os nomes próprios são escritos com letra maiúscula.
Faltou a indicação da fonte de onde retirou o poema.
Até sempre
Paula Cardoso
Rita
Deve incluir os poemas nos Países a que pertensem os autores.
Até sempre
Paula Cardoso
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